Em Curitiba, a produção da arquitetura residencial de Eduardo Fernando Chaves entre 1912 e 1944, evidencia os processos de urbanização e de constituição da casa moderna relacionados com as virtudes do bem-morar. Partindo da relação de 30 obras apresentadas na monografia datada em 1930, sob o título “Alguns dos trabalhos de Architectura projectados e executados sob immediata direcção do Autor, na cidade de Curityba” realizou-se minuciosa pesquisa no Arquivo Público Municipal e na Casa da Memória de Curitiba, registrando 220 projetos.
Diante do grande volume, optou-se por analisar uma parte da produção, definindo como limite temporal o ano de 1930, quando Eduardo Fernando Chaves, com carreira consolidada e reconhecida, presta concurso para professor da Cadeira de Architectura Civil, Hygiene dos Edificios e Saneamento das Cidades na Faculdade de Engenharia do Paraná.

No período 1912-1930, estão listadas 103 obras de variados tipos, como palacetes, villas, bungalows e casas econômicas, escritórios, edifícios de uso misto, depósitos, reformas, ampliações, muros e garagens, que atendem às mais diversas necessidades, marcaram a paisagem urbana de Curitiba e permanecem como importantes referências. Eduardo Fernando Chaves atuou profissionalmente como desenhista, arquiteto, engenheiro civil, projetista, calculista, construtor, administrador e fiscal de obras. O conjunto da produção volumosa e diversificada, assim como as diferentes atividades exercidas, espelha a abrangência da atuação profissional iniciada logo após a conclusão do curso ginasial, que acompanha o período de graduação (1914-1922) e avança até o começo da atividade docente na Universidade do Paraná (1922-1930).

Trecho do livro As virtudes do bem-morar, de Elizabeth Amorim de Castro e Zulmara Clara Sauner Posse. O mapa registra a localização dos 103 projetos arquitetônicos elaborados pelo engenheiro civil Eduardo Fernando Chaves. Para saber mais visite o site MemóriaUrbana e leia o livro.

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