Regina Freire Maia, antiga moradora do Tamoio, relata o cotidiano de morar em edifícios em altura na área central da cidade:

Nós fomos para o edifício Tamoio, da família Colle, em 1958 e ficamos até 1968. O apartamento era pequeno para nossa família, mas podíamos pagar o aluguel e estava junto à Universidade.
Depois de algum tempo, o dono, o Sr. Colle, resolveu transformar o Tamoio em hotel. No prédio tinha só um elevador e, para pressionar a saída dos moradores, desligou por um bom tempo o elevador só ligando quando sua mãe, que morava no 10º andar, saía do apartamento.
Outro familiar residia no primeiro e nós, no oitavo andar. São três apartamentos por andar.
O apartamento tinha dois quartos; o maior, de casal; e outro menor, ocupado pela minha irmã e eu, e duas salas não muito grandes. Em uma delas, papai fez a sala de TV e colocou um sofá cama para meus irmãos dormirem. Tinha um banheiro pequeno, sem janela para fora.
O nosso apartamento estava voltado para a Rua Mariano Torres, onde se
localizava a entrada do edifício. Os dois apartamentos de frente eram melhores, com uma sacadinha. Nós fomos muito felizes no Tamoio.

A fotografia mostra o Edifício Tamoio em 1940.

Trecho do livro Morar nas Alturas! Para saber mais sobre a verticalização de Curitiba, visite a página e leia o livrohttps://www.memoriaurbana.com.br/as-virtudes-do-bem-morar/.

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