Em 1918, no período 14 de outubro a 14 de dezembro, a epidemia da gripe espanhola, ou “influenza”, assola a Capital do Paraná, contaminando 45.249 pessoas e matando 384. A cidade foi dividida em quatro zonas e, médicos, acadêmicos de medicina e a polícia sanitária inspecionaram casas, desestimularam reuniões públicas (“clubs, foot-balls e cinematographos não funcionaram durante os dias calamitosos”) e o uso do gelo (intimando os fabricantes de gelo a não fornecê-lo sem pedido médico), além de proibir os enterros “à mão”. Criaram-se sete postos médicos espalhados na cidade com consultas e atendimento especializado e hospitais improvisados como o de Isolamento São Roque nas Mercês e o da Rua Marechal Floriano Peixoto, além da Santa Casa que disponibilizou uma enfermaria. Houve “desinfecção de tudo e de todos” que chegavam diariamente na Estação de Ferro; comprava-se em quantidade “desinfetantes, camas, colchões, travesseiros, roupas e todo o necessário para que os hospitais pudessem funcionar”; e fabricavam-se na Repartição Central milhares de comprimidos de quinina.
Os Decretos 132 e 133 promulgados em 1918 registram algumas proibições impostas à população no período.

Trecho do livro As virtudes do bem-morar. Para saber mais sobre a história de Curitiba, visite a página e leia o livro, https://www.memoriaurbana.com.br/as-virtudes-do-bem-morar/.

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